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Towards Home

A casa-família que se vai construindo.

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A casa-família que se vai construindo.

E assim me confesso

30
Dez08

Já passou o Natal e eu continuo sem grande tempo, ou disposição para me dedicar ao blog. Parece que o tempo não chega para nada, quando estou fora de casa. E, quando estou em casa, só me apetece dormir, descansar e "estar em casa". Vamos lá ver se é desta que eu conto por que é que eu decidi ter um blog e que eu me apresento em condições.

A ideia deste blog surgiu há pouco tempo, no seguimento de uma 2ª gravidez que terminou em aborto espontâneo. Quando fiquei grávida e quando abortei, foi nos blogs que encontrei o que procurava - pessoas que tinham e partilhavam a mesma experiênia e que acabaram por me dar o conforto e a informação de que eu precisava. Por isso, decidi também partilhar a minha experiência e, ao mesmo tempo, "exorciso" os meus medos e as minhas ansiedades, porque, às vezes, o que é preciso é mesmo falar.

Como já disse, tenho 30 anos, sou casada há 6, com o meu namorado de adolescência. Estamos juntos desde os 16 anos.

Sou professora e, por isso, ando há 9 anos com a casa às costas. Já dei aulas desde o norte ao sul do país e também em África. As experiências que trago comigo foram sempre enriquecedoras, apesar de, às vezes, muito sofridas. O mais difícil é mesmo estar longe de casa.

As duas gravidezes por que passei não foram planeadas, mas nem por isso menos desejadas. Recebi sempre a notícia com algum receio, devido à instabilidade da minha situação, mas o sentimento maior era a alegria de ver o teste positivo.

Na primeira vez, estava em África, sozinha, sem marido, quando descobri que estava grávida. (Mas tinha estado em minha casa dias antes...). Os testes não funcionavam em condições - uns davam positivo, outros negativo (é África), mas lá acabei por ter certezas. Fiquei com muito receio, mas disposta a enfrentar tudo. Mal tive a certeza de que estava grávida, perdi o bebé. Chorei quando engravidei e chorei quando perdi...

A segunda vez foi há 3 meses. Descobri que estava grávida no final de Setembro. Mais uma vez, sem planear. Eu sei que parece descuido e a verdade é que foi mesmo. Deixei de tomar a pílula, quando fui para África, porque só vinha a casa nas férias e gostei da mudança. A partir daí, as minhas precauções são cada vez menos... Também, porque penso que é única altura da vida em que posso arriscar.

Desta vez, recebi a gravidez com mais calma e serenidade. O período não vinha e eu já me começava a sentir diferente. Até estava com medo de fazer o teste, mas uma colega da escola lá me convenceu. Levantei-me um dia cedo, fui à farmácia e fiz o teste a tremer. A risquinha apareceu e eu liguei logopara o N, num misto de emoções. Ele, sempre calmo, aceitou bem. Mal podia esperar por chegar a casa e abraçá-lo. Esse foi provavelmente um dos melhores fins-de-semana que tivemos. Mas, no domingo à noite, apareceu um corrimento escuro. Um sensação de déjà-vu. Fui às urgências da maternidade e disseram que não era nada de especial. Tudo ok

No dia seguinte fiz a viagem para mais uma semana de trabalho, sempre com corrimento.

Bem, para resumir o assunto, até quarta -feira, voltei a 2 urgências de maternidade (pública e privada) e só na última é que me disseram que estava em risco de aborto. Na quinta-feira, já perdia muito sangue e acabei por perder o bebé, que, desta vez, vi. Um embrião de 4 ou 5 semanas, em que a única coisa que se distinguia bem era aquilo que eu penso ser o cordão umbilical.

 

 

 

 

 

Velhinha

11
Dez08

A minha mãe ainda é nova - tem 50 anos e eu 30 - e trabalha com crianças de 1º ciclo. No fim-de-semana, relatou-me esta conversa:

 

Menina para a minha mãe: Por que estás a tomar comprido?

Menino: Então? Não sabes que as velhinhas tomam sempre comprimidos?

 

A minha mãe: Lá tive que lhes explicar que não são só os velhinhos que tomam comprimidos...

Sem tempo

10
Dez08

Uma gaja até tem boas intenções e cria um blog, decide escrever todos os dias, ou pelo menos, todas as semanas. Acha que depois de o criar se deve apresentar e fazer essas coisas que todas as gajas boas que têm blogs fazem, mas a porra do tempo não chega. Estou farta de trabalho e de papelada....

Pode ser que depois do natal tenha mais tempo e a ideia do blog não se perca, pelo menos para desabafar ao fim do dia....

 

30 anos

04
Dez08

Isto de se fazer 30 anos não é fácil. Não estou a dizer que é mau, nada disso. Muito pelo contrário -  hoje em dia, ter 30 anos é estar no auge da idade. É a idade que toda a gente devia ter. Já se passou pela insconsciência e parvoíce teenager e ainda se é "muito" jovem. Mas que mexe connosco, lá isso mexe.

Numa breve pesquisa pela blogosfera, descubro que uma grande parte das pessoas decidiu começar um blog, quando estava nos "late 20s" ou nos "early 30s". Por que será? Que temos nós a dizer nesta idade que não tínhamos antes? Por que é que O  Sexo e a Cidade começa quando elas estão na casa dos 30?

Não sei. Vou tentar descobrir durante a próxima década...