Perda
Quem tem animais sabe do que eu estou a falar - perdi um dos meus melhores amigos.
O Gijo saiu de casa no sábado de manhã para ir dar o seu passeio do costume e não voltou. Já procurámos, já abrimos as portas milhares de vezes com a esperança que ele esteja do outro lado, mas não está.
O Gijo foi embora.
Esteve connosco durante 7 anos e qualquer coisa. Viu-nos montar uma casa. Ajudou a destruí-la: arranhou os sofás, as cadeiras, as cortinas...
Correu e saltou por todo o lado.
Mudou de casa connosco, aprendeu a sair, a ter liberdade e a gozar um bom passeio.
Chegou a morar comigo em Lisboa, quando o N. não estava cá. Fez-me companhia, quando não havia mais ninguém.
Esteve tanto tempo de repouso quanto eu, na minha gravidez de risco.
Viu chegar a Madalena, deu-lhe o espaço dela e brincou com ela. Foi o primeiro ser que ela reconheceu pelo nome.
Lutaram pelos mesmos lugares e chatearam-se algumas vezes. Mas andavam sempre um atrás do outro.
O Gijo deixou um vazio muito, muito grande!