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Towards Home

A casa-família que se vai construindo.

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Uma gaja farta-se

04
Set09

de estar em casa sem fazer nada.

Agora que voltou a calmaria e que as férias de toda a gente estão a acabar e, por isso, deixo de ter visitas, eu estou a dar em doida. Acreditem ou não, hoje passei a manhã toda a tratar de fichas de trabalho para alunos que não são meus. Sinto falta da actividade, do corre-corre de preparar aulas, fazer planificações, corrigir testes, reuniões loucas, procedimentos disciplinares, participações de infracção, etc, etc.

Assim, ando a trabalhar para as colegas. Elas dizem que eu sou louca e, se calhar, até sou. Mas ainda ficaria mais louca se não fizesse mais nada.

Coisas

31
Mai09

 A data prevista para o parto do bebé que eu perdi em Outubro seria ontem. Eu tento não dramatizar o assunto e acho que não o faço, mas a data não passou em vão na minha cabeça.

A verdade é que, como é óbvio, se eu tivesse tido esse bebé, agora não tinha a Madalena. Há sempre uma parte boa, um lado positivo em tudo o que nos faz sofrer. Essa perda fez com que eu tivesse muito mais cuidado e atenção nesta gravidez e com que não deixasse passar nada em vão. Por isso, a Madalena está cá. Aprende-se sempre qualquer coisa.

Dor de Cabeça

27
Mai09

Tenho andado mesmo, mesmo mal com estas dores de cabeça. Já marquei consulta na médica de família para me passar o próximo atestado e aproveito para ver se posso tomar alguma coisa para a rinite. Nunca pensei que isto ficasse tão mal sem os medicamentos. Logo que isto passe, eu venho aqui actualizar e fazer a devida ronda pelos vossos blogs. Até lá.

Miminhos

23
Abr09

Hoje, estou toda babada. Recebi esta mensagem dos alunos de uma das turmas que deixei:

 

Olá stora, estamos muito contentes com a notícia . :-) Estamos com imensas saudades e tristes pelo facto de vir outra professora substituí-la, pois as aulas de inglês não vão voltar a ser as mesmas. Quando estiver melhor, esperamos uma visita sua e do bebé. Desejamos tudo de bom e as melhoras :-)

 

Fiquei muito contente. Eu ainda não tinha dito a ninguém, muito menos aos alunos, que estava grávida. Por isso, a minha saída repentina da escola foi uma surpresa. A verdade é que tenho sido muito mimada pelos colegas, que me ligam frequentemente a perguntar se está tudo bem e também pelos alunos.

Os da minha direcção de turma também já me tinham enviado um papel assinado por todos a desejar as melhoras. E agora esta turma também me deu um miminho.

Devo dizer que a maioria dos meus alunos são muito complicados, provenientes de bairros problemáticos da grande Lisboa e, muitas vezes, violentos. Para mim, o facto de serem como são e de mesmo assim se darem a estes trabalhos faz-me sentir muito bem e, verdade seja dita, com bastantes saudades (apesar do stress e preocupações diárias que eles me faziam passar).

Desculpem estar a ser gabarolas, mas hoje apeteceu-me.

Levantar às 7:30

13
Jan09

É do mais profundo do meu ser que eu vos confesso, publicamente, um dos meus grandes ódios (daqueles de estimação) - acordar cedo.

É verdade! Sou assim...

O toque do despertador, na minha mente, assemelha-se ao grito desesperado de uma mulher histérica, quando depara com um um aranhiço no seu cabelo. E é com um histerismo destes que eu enfrento o amanhecer antes do meio-dia.

Ainda por cima, eu sou daquelas que só se levantam após o décimo toque do despertador e quando já não há mais margem de manobra para conseguir chegar a horas ao emprego;

daquelas que tomam banho no dia anterior, para não terem de o fazer de manhã e deixam a roupa organizada por ordem de vestir;

daquelas que vão à casa-de-banho fazer um xixi rápido e lavar a cara; que se vestem em 30 segundos, põem creme na cara, pegam num pão e saem a correr para os transportes a rezar para que não haja obstáculos no caminho até ao emprego;

daquelas que passam a vida a prometer que amanhã fazem a cama antes de sair de casa. E que acreditam que vai ser mesmo amanhã!

 

E, convenhamos que, se eu não acordasse com olheiras, se não tivesse aquela cara de quem precisava de, pelo menos, mais umas 10 horas de sono para ter bom aspecto, até nem havia problema. Só que eu não sou assim...

Acordo de olhos inchados, cabelo desgrenhado, mal-disposta e com vontade de matar alguém. E é, normalmente, assim que eu chego ao emprego todas as manhãs. Figurinhas!!!

Daí que a maquilhagem que a minha mãe insiste em me oferecer dure tempos infinitos, passa mesmo o prazo de validade, que a minha cara nunca exalte a beleza e juventude que deveria e que o meu quarto pareça um autêntico ninho de ratos no final da semana...

Até tenho vergonha...  e raiva! Raiva daquelas pessoas que tomam o pequeno-almoço sentadas, que chegam bem-humoradas ao emprego e que falam, sim que falam, antes das 8 da manhã.

Devia ser proíbido abrir a boca, no mínimo, até às dez da manhã. Assim é que dava tempo para os neurónios se adaptarem à luz que bate na cabeça e para perceberem que já é um novo dia e que não podem continuar refastelados no seu cantinho sem fazer nada. É que o resultado de os neurónios estarem refastelados até tarde pode ser desastroso para a imagem de qualquer um. Acreditem, porque fala a voz da experiência.

Acho que vou fazer uma petição para proibir o início do dia de trabalho antes do meio-dia. Assim sim, uma gaja mostrava o seu verdadeiro valor!

 

PS: E estão vocês a pensar: "E quer esta gaja ser mãe!" (e eu só posso dar-vos razão. Não sei como vai ser...)

 

Lisboa

05
Jan09

No dia em que volto a Lisboa, sinto sempre esta tristeza. Volto a ficar sozinha e a solidão a que associo esta cidade faz-me mal.

Eu sei que Lisboa tem muitas coisas boas. Mas a Lisboa que eu conheço e que me cumprimenta todos os dias é cheia de pessoas com olhos tristes ou revoltados com a vida. 

É uma cidade com muita gente que teve poucas oportunidades na vida e que, também por isso, pouco esperam da vida e se refugiam numa maneira de estar agressiva e sempre ao ataque.

É uma cidade com avenidas largas e bonitas, mas também com ruas sujas, escuras, cheias de prédios degradados. E, infelizmente, foi sempre em ruas dessas que eu acabei por morar.

É uma cidade de contrastes e, para mim, a parte má é bastante mais visível do que a parte boa.

É claro que isto é uma visão pessoal e acresce o facto de, para mim, Lisboa significar estar longe de minha casa, do meu espaço e de essa ser mais uma razão  para eu não me sentir bem aqui. Por isso, peço desculpa a todos os lisboetas e a todos os amantes da cidade. Mas a verdade é que eu dava tudo para cá voltar só de férias, ou em visitas de um dia ou dois. Assim sim, Lisboa seria bonita para mim...

E assim me confesso (Parte 2)

03
Jan09

Depois de ter perdido o bebé, fui à minha GO. Pedi-lhe que me passasse análises e ela fê-lo, só não mandou fazer o cariótipo, porque isso é só depois de 3 abortos :(

Os resultados ditam que está tudo normal. Se querem que eu vos diga, foi uma desilusão. Preferia que se tivesse encontrado um problema qualquer (desde que não fosse grave). Assim, eu partiria para uma terceira gravidez com medicação e/ou tratamento e ia mais segura. É que assim parece que vou saltar do trapézio sem rede, percebem?

A GO disse-me para esperar três ciclos e voltar a tentar.

A verdade é que a gravidez não tinha sido planeada e esta não seria bem a melhor altura para pensar nisso. Eu ainda não estou a trabalhar perto de casa e o N também está numa fase de decisão grande em termos de emprego.

Mas, temos vindo a pensar e resolvemos começar já a pensar a sério num filho. Até, porque eu tenho medo que da próxima vez acabe por perder também e de descobrir que tenho um problema qualquer e que o tempo ande demais e depois já não o possa tratar. Eu sou novinha (30 anitos - ainda uma criança!), mas se espero mais 4 ou 5 anos pode começar a ficar tarde.

Entretanto, tratei de actualizar o meu seguro, de forma a cobrir também obstetrícia, porque a experiência que eu tive na maternidade e médicos do sistema público deixaram muito a desejar. Prefiro, pelo menos, também ter a opção do privado sem ter de gastar muito. Triste de quem é pobre neste país...

Os três ciclos já passaram, mas como apanhei uma infecção, estou a acabar de a curar e só vou voltar a tentar a partir do próximo mês.

Ainda me estou a habituar a isto de ter um filho. É uma grande aventura! Só espero que tudo corra bem da próxima vez. Não sei como vou reagir se tornar a perder; não sei se tenho força para isso...

Mas eu vou de cabeça erguida e com pensamento positivo. Pelo menos, já conheço bem os sintomas de aborto e não vou deixar que nenhum médido os ignore.

As histórias  parecidas com a minha, que li nos blogs, que tiveram fins felizes ajudaram-me muito. Daí eu ter decido também ir partilhando a experiência. Além de que eu sinto necessidade de falar sobre isto e nem sempre tenho com quem.

 

Em 2009, ou vai ou racha! É este ano que a minha vida toma rumo ......................(ou não).

30 anos

04
Dez08

Isto de se fazer 30 anos não é fácil. Não estou a dizer que é mau, nada disso. Muito pelo contrário -  hoje em dia, ter 30 anos é estar no auge da idade. É a idade que toda a gente devia ter. Já se passou pela insconsciência e parvoíce teenager e ainda se é "muito" jovem. Mas que mexe connosco, lá isso mexe.

Numa breve pesquisa pela blogosfera, descubro que uma grande parte das pessoas decidiu começar um blog, quando estava nos "late 20s" ou nos "early 30s". Por que será? Que temos nós a dizer nesta idade que não tínhamos antes? Por que é que O  Sexo e a Cidade começa quando elas estão na casa dos 30?

Não sei. Vou tentar descobrir durante a próxima década...