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Towards Home

A casa-família que se vai construindo.

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Consulta

23
Jul09

Fui à consulta das 27 semanas.

A Madalena está óptima. Pesa 1,063 Kg. No normal, portanto. Está é bastante comprida. Pelo andar da carruagem vai ser modelo. Alta e elegante. Uma giraça!

Já aqui a orca da mãe vai nos 5kg a mais. No início a balança da médica ainda deu que eu tinha emagrecido 1 kg. Eu fiquei toda contente. A médica diz:" Andou a fazer dieta!" E eu, feita parva, mais valia não ter dito nada, abro esta bocarra para dizer: "Não andei não, mas desta vez a sua balança dá menos peso que a minha e eu não me queixo." E não é que ela vai ver e a balança estava mesmo mal regulada! Acertou-a e mandou-me subir outra vez e lá apareceu o quilito a mais. Ainda por cima tem o desplante de me dizer que a grávida que tinha acabado de sair também tinha dito qualquer coisa e ela não tinha ligado. Assim, a outra ficou beneficiada, com menos peso e eu não!!!!! Injustiças...

Entretanto viu as análises e eis que eu tenho anemia e a glicémia muito baixa. Não entendo estas coisas... Sempre associei estes problemas às (reles e ordinárias) pessoas magras. Afinal, eu também tenho anemia e hipoglicémia. Provavelmente, os quilos a mais e as banhas do meu corpo são pura ficção... Só pode!

Resultado: estou a Folifer e posso comer os doces que me apetecer (ou não, por causa do peso).

Em relação à Madalena, nem sequer a vimos muito bem, porque a médica andou a medir órgãos e mais órgãos, rins, ureteres, bexiga, etc, etc. Ouviu o coração e, pelos vistos, está tudo normal. Ainda bem! É isso que se quer. Claro que sua eminência infantil não parou quieta e a médica ainda teve de a mandar parar para poder medir. Claro que ela não obedeceu...

De resto, falámos da cesariana que vai ser marcada pela médica na maternidade e eu não preciso de fazer nada. Em princípio, nasce às 38 semanas. A minha placenta continua prévia e, portanto, não há solução - estou em prisão domiciliária até ao fim. Esperemos que eu não volte a perder sangue, se não, volto a ficar de cama a tempo inteiro e não me apetecia nada.

Perguntei-lhe sobre cintas e faixas e ela disse que, no meu caso, não aconselha para já, porque é melhor eu não apertar a barriga, mas que aconselha cinta pós-parto. Tenho de comprar uma para ver se levo logo para a maternidade.

Além disso, vamos tratar da criopreservação das células estaminais. Começa a ser tempo disso.

P.S. - Hoje, o N. vai jantar com o nosso primeiro-ministro. Eu já tratei de lhe dar uns tomatitos bem vermelhinhos e uns ovitos podres para levar como oferendas da família. Parece-me bem.

 

XAU! Tenho que ir acabar de concorrer, se não, ainda fico desempregada para o ano.

Cá por casa

15
Abr09

Continuamos entre a cama e o sofá. Digo continuamos, porque somos 3 - eu, a miniatura e o Gijo. Este gatinho tem-se revelado uma grande companhia para nós. Para onde eu vou, ele vai e todo o repouso que eu faço, ele também faz.

Já aprendeu que não se pode deitar em cima da minha barriga e tem-se ficado pelas pernas. Às vezes, temos problemas com a partilha de espaço, porque o Gijo gosta de estar coladinho a nós e depois não nos deixa mexer à vontade. Nada que não se ultrapasse. A verdade, é que tem sido a minha companhia.

A partir desta semana, vou ficar sozinha durante o dia. Já não tenho amas-secas. Todos tiveram que voltar ao trabalho.

A nossa organização teve que sofrer algumas alterações. O N. deixa-me o almoço pronto, eu só preciso de o aquecer e tive de arranjar alguém para fazer limpezas cá em casa. O N. já trabalha muito durante a semana. Nunca chega a casa antes das 8 da noite e às terças e quintas dá formção até às 23. Por isso, pelo menos o fim-de-semana tem de ser para ele descansar.

Eu continuo nesta vida de dondoca, sem fazer nada. Ou melhor: a fazer um filho que há-de nascer muito perfeitinho, visto que a mãe está 24 horas por dia, 7 dias por semana, ocupada só a fazê-lo.

 

Semana 8

09
Mar09

Tenho andado mesmo sem tempo para passar por aqui.

Está a chegar novamente aquela fase em que o trabalho aperta tanto que o tempo não dá para mais nada. E olhem que eu ligo o PC todos os dias.

Também não tenho muito mais novidades.

A semana correu sem grandes incidentes. Continuo com alguma má disposição, sobretudo de manhã, mas sem enjoos propriamente ditos. A barriga parece um pouco mais empinadita, mas ainda não aumentou. A roupa serve-me toda, à excepção dos sutiãs. Estou cada vez mais dorminhoca. Acho que era capaz de dormir umas 20 horas por dia. O maridão te sido um querido e faz tudo aquilo que eu já não me apetece fazer, enquanto eu vou fazer as minhas sestas de fim-de-semana.

Acho que descobri um desejo: peras. Pois é. Antes, não lhes achava grande piada e agora está sempre a apetecer-me comê-las. Enjoei fiambre e afins.

Só torno a ter consulta dia 1 de Abril. Até lá, espero que tudo corra bem.

A minha mãe, a minha avó, o meu irmão e cunhada estiveram cá ontem. Eu ainda não disse nada a ninguém e decidi dizer só na Páscoa, quando fizer as 12 semanas. Também ninguém me disse que eu estava diferente... Por um lado, fiquei contente. Por outro, queria que já se notasse qualquer coisa. Paciência. Há que esperar mais uns tempos.

See you on Monday

18
Fev09

Vou ficar sem computador até à próxima segunda-feira. Hoje, vim a casa, a Coimbra, e vou cá deixá-lo.

O N já está em Frankfurt desde 2ª Feira e eu vou lá ter com ele na sexta. Apesar de, em termos de separação, ser uma semana normal, eu já estou cheia de saudades. É que, quando estamos os dois por terras lusas, eu posso ligar-lhe mil vezes ao dia, sem problemas e isso ajuda a manter-me sã mentalmente.

Ele é mais uma das minhas dependências...

Por falar em dependências, o café já era. Já não tomo desde a concepção (sim, porque eu acertei, quando achei que tinha sido naquele dia que fizemos o nosso bebé)....

 

Estou com medo da viagem, de ter de andar de avião em estado de gravidez ainda tão frágil. Ao mesmo tempo, estou confiante de que vai correr tudo bem. Até, porque, pelo que percebi, só não convém andar de avião nos útimos meses e, mesmo assim, se a gravidez for tranquila, não há crise.

 

Torçam por mim

14 anos

12
Jan09

Na sexta-feira, dia 9, fez 14 anos que eu comecei a namorar com o meu marido. É mesmo, 14 anos ... Até a mim me custa acreditar que já passou tanto tempo.

Éramos uns teenagers inconscientes,  ainda estudantes do ensino secundário. Fizemos tanta asneira juntos!

Mas essas asneiras e muitas outras coisas (mais ou menos correctas) por que passámos em conjunto ajudaram-nos a crescer, a construir um amor e uma relação cada vez mais fortes. Hoje, somos capazes de ultrapassar muitos obstáculos e de caminhar lado a lado, recebendo tudo de bom que a vida tem para nos dar.

Valeu e continua a valer a pena. Que venham mais 14 e mais 14 e mais 14.

 

Como eu não sei escrever estas coisas e os poetas servem mesmo para pôr em palavras bonitas o que nós tantas vezes sentimos, mas não sabemos dizer, deixo-vos aqui o poema, de António Osório, que dei a ler ao meu marido, não no dia 9, mas no dia de Natal:

 

Amando

 

 

Amando
fazemos juntos
o presépio,
com musgo, pinhas,
ervilhaca.

E ovelhas
procurando
pelos lábios
o campo
um do outro.

E pão, mel,
courelas
que renascem
da geada,
semoventes.

E o mesmo
hálito, calor
de dois animais,
nosso fazemos
aquele Filho.