Hoje, o meu marido e pai do meu filho (entenda-se bem esta parte) foi à Segurança Social com os papéis todos preenchidinhos, com as fotocópias todas tiradas para ver se era desta que tratávamos do subsídio pré-natal.
Esteve lá a manhã inteira, respeitando a fila, enquanto se entretinha a ouvir uma discussão telemóvica de uma senhora, que desavergonhadamente descompunha outra.
Finalmente, depois de horas de espera, foi chamado. Orgulhoso da sua nova posição social - a de pai, estava de papéis em riste para entregar ao funcionário, quando este lhe pergunta:
- O que veio cá fazer?
- Vim entregar os formulários para solicitar o subsídio pré-natal.
- O senhor?
- Sim, porquê?
- Não pode ser. Isto tem de ser assinado pela mãe.
Terrivelmente aborrecido pela manhã perdida e, mais uma vez, reduzido à posição já sua velha conhecida (pelo menos, desde o dia do casamento) de bibelô e de moço de recados, voltou para casa, com um novo formulário para assinar.
Ah, pois é! Mãe é mãe!